Empresário suspeito de dar golpe de R$ 3 milhões em produtores do agro é procurado pela polícia
08/04/2025
(Foto: Reprodução) Paulo Wires Alves do Nascimento, de 27 anos, foi alvo da Operação Praga Financeira nessa segunda-feira (7). Ele é considerado foragido. Paulo Wires Alves do Nascimento, de 27 anos, é considerado foragido
PCRR/Divulgação
O empresário Paulo Wires Alves do Nascimento, de 27 anos, é procurado pela Polícia Civil, por suspeita de causar prejuízo de R$ 3 milhões para produtores do agronegócio em Roraima em um esquema de estelionato. Ele foi alvo de uma operação nessa segunda-feira (7), mas não foi localizado.
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As investigações apontam que ele atua no estado desde 2022. Pelo menos 10 vítimas foram identificadas. Além disso, ele também aplicava golpes menores, como abastecer o carro e fugir sem pagar e dava golpes em restaurantes.
🔎 Como funcionava o esquema: Paulo ofertava insumos agrícolas — como sementes, fertilizantes e outros materiais — a preços abaixo dos praticados no mercado. Na venda, ele exigia pagamento antecipado, com a justificativa de repasse para fornecedores e transportadora. No entanto, depois de receber os valores, os produtos não eram entregues e os clientes não conseguiam mais contato.
Os mandados foram cumpridos em três endereços: na casa dele, localizada no bairro Paraviana, e em dois imóveis comerciais vinculados às empresas utilizadas no esquema, nos bairros Parque Caçari e Centro. Durante a operação, os policiais apreenderam bens de alto valor, entre eles eletrônicos de última geração, veículos, joias e materiais vinculados à atividade agrícola.
“O investigado utilizava empresas legalmente constituídas, como a Rhondevea Comércio Agroind Laboratoriais Ltda e a Agrocienes Brasil Serviço e Comércio Ltda, apresentando CNPJ válido para transmitir credibilidade às vítimas e assim efetivar os golpes”, detalhou a delegada Jéssica Muniz, responsável pelo caso.
Paulo Wires é reincidente na prática de estelionato, e tem o crime de estelionato como principal fonte de renda como apontam investigações anteriores, segundo a Polícia Civil. A delegada representou na Justiça pela prisão preventiva dele, por mandados de busca e apreensão domiciliares, além da quebra de sigilos bancário e fiscal, sequestro de bens. Todas as medidas foram deferidas pelo Poder Judiciário.
Operação Praga Financeira cumpriu mandados de busca e apreensão
PCRR/Divulgação
A operação contou com o apoio dos delegados Vinícius Gonçalves, Pedro Ivo e das equipes do Grupo de Resposta Imediata (GRI), atuando de forma integrada para a execução das medidas judiciais. A Polícia Civil segue com as investigações para localizá-lo, identificar possíveis cúmplices e buscar a reparação dos danos causados às vítimas.
“A operação é uma resposta direta da Polícia Civil para combater a atuação persistente e danosa desse investigado, que se infiltrava no mercado apresentando-se como empresário sério, quando na verdade construía um histórico de enganações e prejuízos”, ressaltou a delegada.
Informações que contribuam para a localização do empresário podem ser encaminhadas ao Disque-Denúncia, de forma anônima, ao Disque-Denúncia. Há quatro canais disponíveis: pelos telefones 197 e 181, online, por e-mail ou WhatsApp, acessando o site oficial da instituição: policiacivil.rr.gov.br.
Operação Praga Financeira - O nome da operação remete ao universo do agronegócio, contexto em que muitos dos golpes foram aplicados, fazendo alusão ao termo “praga” como algo nocivo que se espalha e destrói. Ao mesmo tempo, caracteriza o investigado como uma ameaça financeira recorrente, que impactou não apenas a produção agrícola, mas diversos setores da economia local e inúmeras vítimas ao longo dos últimos anos.
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